A VINDIMA
Foi-se o cacho a vindima
No fio de qualquer
navalha
Corre-corre p'la terra
acima
Depois na cisterna ele
malha
É luz do sol que
nos aquece
Não há hora é
quando calha
De tanto pisar
entontece
Torna reitor em
escumalha
Solta língua mais
recatada
Dizendo aquilo que não
saía
Das palavras
fazem salada
Num tempero que se desfia
Corta os anéis do
silêncio
Nem Saturno rodava
mais
E num éden tão
fulgêncio
Soltam-se em sons
triviais.
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário