MATA (DE) DOR
Fazem-se do chão
ermidas
Ombreiras de
portas abertas
De madeiras
retorcidas
Das árvores já libertas
Tombadas no chão
lavado
Por corrente
misteriosa
Dum cinismo
amarrotado
Por gente tão
espinhosa
Uivam os lobos no
mato
Galinha de
fricassé
Não mata-fome a
gato
Na venda do meu tio Zé
Águia que voa a
pino
Em donzela que
s’acoita
Lê nas corujas destino
Escondido atrás
de moita
A misericórdia
senhor
Agua-benta que
chuva dá
Tolhe madeira o
calor
Sem folhas p’ra
fazer chá.
ARIEH NATSAC
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