LINHA DO DOURO
Pouca terra pouca
terra
À beira-rio
beira-rio
Lá vamos subindo
a serra
Numa beleza de
arrepio
Em Ermesinde
começa
Em Valongo vai
passar
E sem nada que
impeça
Este roteiro de
pasmar
Depois vem Cete,
Penafiel
Caíde e Vila Meã
É como sopa no
mel
Nesta paisagem
anfitriã
Livração, Marco
de Canavezes
Terra de Cármen
Miranda
Orgulho dos
Portugueses
Que o mundo deixou
de banda
O comboio subindo
lá vai
Por Juncal e
Mosteirô
É um suspiro que
se vai
Num presente que
Deus deixou
É uma beleza sem
ter par
Deslumbre
d’encantos vê-los
Rio abaixo sem
parar
Passam os barcos
rabelos
Aregos Ermida e
Rede
Passa o comboio
apitar
E nem ele se
apercebe
Daquilo que nos
está a dar
Eis-nos chegados
à Régua
Já passámos por
Godim
Numa beleza sem
trégua
Que nunca mais
terá fim
Tudo isto não são
miragens
É a própria
realidade
Espelhada nas
barragens
Num cenário de
liberdade
Régua com seus
vinhedos
Bem aos pés do
Marão
Mostra-nos os
seus segredos
Mas mandam os que
lá estão
A viagem assim
continua
Sem os olhos despregar
E toda a beleza
do Tua
Podemos também
desfrutar
Entre rios vales
e montes
Passa o Douro
serpenteando
Também vejo
velhas pontes
Que o vão
cumprimentando
Na paisagem que
s’esmera
Com amendoeiras
em flor
Quando chega a
primavera
Ainda tem muito
mais cor
Começa o comboio
afrouxar
No Pocinho ou na
Barca
D’Alva onde vou deixar
As saudades.
Antes que parta.
ARIEH NATSAC
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