A FARINHA
Canta o moinho de
vento
A mó faz a
melodia
Na tulha vive lamento
Dum fado qu'é
alegria
O moleiro
enfarinhado
Parece menino moço
O seu rosto
enrugado
Salva angustias
d’almoço
Remoinha seu
cabelo
Branco de uma
profissão
E nada pode
sustê-lo
Na força que dá o
pão
Alma gémea do
cansaço
O saco que leva às
costas
Aperta-o com um
abraço
De perguntas sem
respostas.
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