domingo, 20 de maio de 2012

MANHÃ DE NEVOEIRO


MANHÃ DE NEVOEIRO


Oiço um cavaleiro andante
Chegando no meio da bruma
Ainda vem bem distante?
Ou não oiço coisa nenhuma

Cavalga d'espada em riste?
Ou será minha imaginação
Mas a pergunta persiste
Será el-rei D. Sebastião?

Nevoeiro não se dissipa
O país está se afundar
Está preso por uma fita
Aos poucos se vai rasgar

Cavaleiro andante aparece
Faz o que não acabaste
Este jardim já fenece
Daquilo que mutilaste

Desejado sempre foste
Alcácer Quibir foi aí
Deixaste a tua hoste
Morrendo longe daqui.



1 comentário: