O MUNDO
Canta o rouxinol real
Mata sede a
lavadeira
De águas sem
temporal
Que desfilam na
ribeira
Sete patos por lá
nadam
Três cabras lá vão
beber
Duas fogueiras s’
apagam
De noite no seu
prazer
O sol também lá
mora
Numa toalha de
vento
Silvestre queima
a amora
Tão fugaz no seu
rebento
Tanta roupa já
lavada
Mãos tiritando ao
frio
Tanta unha
descarnada
Tanto ventre que
pariu
No voltear do
morcego
Que se engana
nesta luz
O mundo está mais cego
E bat'à porta.
Truz truz….
Sem comentários:
Enviar um comentário