Serra alta
Do alto da serra
Sobe e desce a
Beira
Alta do alto do
seu granito
Gélido e aquecido
Pela hospitaleira
gente
Mas com a
valentia
De um Viriato
Rei dos Hermínios
Neste contraste
de emoções
Que se perdem no
horizonte
Serrano, agreste
e cortante
Como o vento que
os agasalha
Mesmo no tempo
mais frio
Rasga-se a terra
do sustento
Com a força da
natureza
Que lhe enruga a
pele
E nas rugas do
rosto
Há páginas de
sabedoria
Que aprenderam na
escola da vida
Tendo como
companheiros
O latido de um
cão
Ou o balido de um
cordeiro
Acabado de nascer
Lá longe uivam os
lobos
Que lhes
ensinaram a esperteza
Num dia a dia bem
rude
E quando acaba o
mesmo
Chega a doçura do
lar
Misturada com o
aconchego
De um caldo
quente
Ou de uma fatia
de broa
Por vezes
acompanhada
De um desejo
Do alto da serra
Nasce um rio de
prosperidade
Que lhes vai
afagando
A dor do seu
granito.
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário