ASTROS SEM
UNIVERSO
Abre-se a barraca
do circo da vida
Há palhaços e
trapezistas
Lambendo a terra
queimada
Em busca do
prazer
Que não sejam
papoilas
Germinando no
meio de trigo
Os astros
esmoreceram
Obrigados por um
Satanás sem tridente
Os artistas sem papel
decorado
Foram levados
pela corrente
De uma masmorra
que dispara
O homem bala sem
rede
Nesta península
só os cigarros
Têm luz que
acende e apaga
Os remorsos que
preocupam os ossos
Que andam
distraídos no Universo
Contam-se as
fadas em contos
E os contos já
não existem
Deixaram de ser
ontem
Nas mãos de
fingimentos sem perfume
Atira-se a toalha
ao chão
E corre-se para
uma urgência tardia
Onde a vida está
presa por um fio
De uma espada
pronta a descer
Sem pedir licença
Ao abrigo de um
decreto-lei
Que ninguém leu
nem ouviu
Mas o sangue
assassinou
Atingido por uma
bola de golfe
Que saiu dos
prazeres da vida
Partindo o
espelho em pedaços
E apagando de vez
a luz do circo.
ARIEH NATSAC
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