TRABALHO SEM NADA
Foices enxadas
martelos
Corpos curvados
com dor
Prendem suores
nos cabelos
Angustia dos seus
clamores
Trigo que cresce
do chão
Vinhos que adoçam a
alma
Fica o restolho
sem pão
Numa mó que não
se acalma
Tordos bicam azeitona
Que dará luz a uma
vida
De teares feito
por dona
Que anda sempre na
pida
Olhos rasos de
chorar
Nas bigornas
saltam chispas
Fragmentos de tenso
penar
Dum labor em que
te crispas.
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