CAVO A TERRA EM QUE SEMEIO
Moro numa casa
cinzenta
Com janelas da cor
do mar
Só a solidão me
alimenta
Angústias que
vou cavar
Cavo a terra que semeio
As dores são meio
sustento
Vou ao fundo e
sempre anseio
Que estes dias
passem no vento
Faço a cama no
chão raso
Colchão de
umas penas tão negras
São prestações a
curto prazo
Que me torturam como pedras
Moro numa casa
cinzenta
Com telhado que o
sol beija
Vem-me servir dura ementa
Negras nuvens numa
bandeja.
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