sexta-feira, 1 de junho de 2012

O TABACO


O TABACO…


Vive no mundo. Nas nuvens
Suas barbas são de milho
Faz uns castelos de fumo
Acalma qualquer sarilho !?

Destrói órgãos capitais
Mais na mesa de cafés
O coração bate mais
Com tortura de rapés

Circulam mais as cabeças
Dizem entendidos na questão
Resolvem problemas depressa
E na praça fazem vistão

Senhoras de todas as classes
Puxam pelo seu cigarro
Mais frescas do qu’alface
Mas só têm é catarro

Crianças que mal comem
Entram na mesma dança
É um vício que as consomem
São joguetes sem parança

Cavalheiros de fino porte
Ou mesmo da classe baixa
Vão desafiando a morte
Lá vão a toque de caixa

É charmoso o seu jeito
Com paladar de ressaca
Ataca arfando o peito
E desaperta a gravata

Da boca sai espesso fumo
Como sopro de dragão
Numa sociedade consumo
Aumenta a combustão

O mundo já anda podre
Os anos já são menores
Enchem de peste o odre
Causando males maiores.


ARIEH  NATSAC

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