quinta-feira, 21 de junho de 2012

MINHA REVOLTA


MINHA REVOLTA



Hoje sinto-me revoltado
E com uma certa razão
Vivo num país santificado
P’los valores da podridão

Falam tanto de criancinhas
Dos velhos dos sem abrigo
Sentem deles tantas peninhas
Por favor não brinquem comigo

Lares pagos a preço doiro
Creches pagam-se ao mesmo preço
Agulhas espetam-me o coiro
Como pedras de arremesso

Maldito país que nós temos
Governantes quais fariseus
Ainda pedem que votemos!
Tende piedade meu Deus

Levam-nos coiro e cabelo
Querem-nos ver na míngua
Meu ímpeto não vão sustê-lo
P’ra isso cortem-me a língua

Com esta grande maldição
Podem nos até tirar o sol
Mas de comparticipação
Iludam-nos com mais foot-ball.


ARIEH  NATSAC

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