DIAS SOFRIDOS
Tantos dias
tantos que passei
Orando por minha
fé perdida
Confesso que me
envergonhei
De ser racional
ignorand’ a vida
Incendei’os
sentimentos ousados
Na fogueira de um
destino exótico
Onde ardem meus
podres alcovados
Moscardo zumbindo
tão neurótico
Lembranças de um
fausto catre
Onde me lembro
d’umas orações
E nem o meu
coração sentido bate
Asas d’insecto
que sou em convulsões
Memórias de
noites negras sem sentido
Calvários que
carrego madeiro pesado
São os pregos e
lanças que ministro
Meu ego que vai ficando
tão gelado.
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