O PAPEL
Há muito papel d'embrulho
Ou papel de multi-cores
Surge papel
no barulho
P'ra atenuar nossas
dores
Serve o papel na
comédia
Pode até ser vegetal
Até mesmo na
tragédia
Quem faz papel de
animal
S' o papel é d'entrelinhas
Só para não
descarrilar
Quadriculas
sem letrinhas
Não se querem
aprisionar
Serve também de
limpeza
Às vezes por
baixo anda
Com alguma
subtileza
Sua higiene
desanda
Já não é aquilo
que era
Deixou de ser o
timbrado
Ficou mais pobre
pudera
Agora nem serve
selado.
ARIEH NATSAC
Muito inteligente, criativo e harmônico! parabéns, querido poeta Vítor! Grande abraço!
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