sábado, 2 de junho de 2012

O PAPEL


O PAPEL


Há muito papel d'embrulho
Ou papel de multi-cores
Surge papel no barulho
P'ra atenuar nossas dores

Serve o papel na comédia
Pode até ser vegetal
Até mesmo na tragédia
Quem faz papel de animal

S' o papel é d'entrelinhas
Só para não descarrilar
Quadriculas sem letrinhas
Não se querem aprisionar

Serve também de limpeza
Às vezes por baixo anda
Com alguma subtileza
Sua higiene desanda

Já não é aquilo que era
Deixou de ser o timbrado
Ficou mais pobre pudera
Agora nem serve selado.

ARIEH  NATSAC

1 comentário:

  1. Muito inteligente, criativo e harmônico! parabéns, querido poeta Vítor! Grande abraço!

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