quarta-feira, 6 de junho de 2012

DELIRIUNS CARNAIS


DELIRIUNS CARNAIS


São uns anjinhos de branco
Só lhe faltando as asas
Atenuam dores e prantos
Que arrasam muitas casas

Injecções cápsulas vacinas
Medicadas à pressão
Como se fossem chacinas
De corpos em convulsão

Caras carrancudas letais
Onde impera a impotência
Para deliriuns carnais
Que vêm pedir clemência

Trazem a vida no peito
De pacientes em espera
Que imploram seu preito
Num dia que s’oblitera

Soluços silêncio e morte
Rasgam ventres com’adaga
Ricos pobres vão à sorte
Procurando a sua safra.


ARIEH  NATSAC

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