DELIRIUNS CARNAIS
São uns anjinhos de
branco
Só lhe faltando as
asas
Atenuam dores e
prantos
Que arrasam
muitas casas
Injecções cápsulas
vacinas
Medicadas à
pressão
Como se fossem
chacinas
De corpos em
convulsão
Caras carrancudas
letais
Onde impera a impotência
Para deliriuns
carnais
Que vêm pedir
clemência
Trazem a vida no
peito
De pacientes em
espera
Que imploram seu
preito
Num dia que
s’oblitera
Soluços silêncio
e morte
Rasgam ventres
com’adaga
Ricos pobres vão
à sorte
Procurando a sua
safra.
ARIEH NATSAC
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