quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

TANTO TEMPO



TANTO TEMPO…


Naquele tempo
Dizia eu. Amo-te
Naquele tempo
Dizia eu. Vamos embora
Naquele tempo
Parecia uma ave canora
Naquele tempo
Virava o tempo do avesso
Naquele tempo
Queria voltar sempre ao começo.
Naquele tempo
Ai como era bom
Aquele tempo
Hoje recordo desse tempo
As tardes que passámos
As noites que inventámos
Daquele tempo
Guardo as cartas
As fotos que tirei
A silhueta em contra luz
Naquele tempo
Fomos barcos sem remada
Fomos tudo ou quase nada
Da imagem que passou
Neste tempo
Já cá mora o duro inverno
Zomba de nós o inferno
Sem numero de recordações
Neste tempo
Sou um livro desfolhado
Um conto amarelado
De uma personagem cativa
Onde se baralham ideias
De quando foste rapariga

Naquele tempo
Neste tempo
Noutro tempo
Não o matem ainda
Deixem-me viver este momento.


ARIEH  NATSAC



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