quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

LAGOA DE ÓBIDOS



LAGOA DE ÓBIDOS


Lagoa dá-nos suspiros
Tens madeixas de areia
Nascem algas quais papiros
Escrevem-se ondas em cadeia


O sol veste-se de azul
Com o seu manto real
Desliza como um taful
Num sorriso radical


Há arvoredo gentio
Aves com seu ripanço
Libertas em desvario
Dançam num doce balanço


Tem por vizinho o mar
Cumprimenta-a a toda hora
Não sei se a vem namorar
Pois nunca se vai embora


Acordam-na a bateira
Também deslizam gaivotas
Com uma calma sobranceira
Mas que a todos muito tocas


Nas dunas fazes a cama
Onde descansas da folia
Quando o mar por ti clama
Desperta. Que é novo dia.


ARIEH  NATSAC

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