quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

ONTEM FUI AQUILO QUE ALGUÉM QUIS



ONTEM FUI AQUILO QUE ALGUÉM QUIS


Quem sou eu que desbravei madrugadas
Quando o sangue fervilhava no meu peito
Livro aberto de palavras marcadas
Padrões das palavras que tinha feito

Quem sou eu…fui até ao fim do mundo
Sem saber o que lá ia encontrar
Presa fácil apanhada e ferida
No orgulho que tive de deixar

Ontem só fui aquilo que alguém quis
Mas guardei a raiva à condição
Para poder escrever em liberdade
Rancores que guardei no coração

Ouvia os martelar no meu tédio
Negando-me tudo que era direito
Escrevia em folhas de ansiedade
Sozinho nas agruras do meu peito

Tudo negava colhendo com medo
Doido por ter de pensar na vil morte
No negro escuro bem ali de fronte
Achava-se um homem triste mas forte.



ARIEH  NATSAC

Sem comentários:

Enviar um comentário