Passeia como pombo pela casa
Arrulhando palavras tão azedas
De cara tristonha e tão fechada
Mostrando em tudo só horas lerdas.
Trilha os caminhos escuros do oculto
Reza não sei a quem pois não percebo
Dessa matéria sou mais que inculto
Pois tais teorias se as há eu não concebo
Tem o cérebro atrofiado. Está tão velho
Que julga estar em épocas remotas de Faraó
Não recebe de ninguém nem um conselho
Fecha-se em seu túmulo e mete dó
Doida varrida. Parece uma sombra que se arrasta
Curva a cabeça pendurada na cerviz
Anda acelerada em busca…e não traz nada
Se procura algo e acha; ninguém sabe e nada diz
Seus amigos estão dispersos em terra cava
Revê-se em flores que atrofia em todo o lado
Cheira a terra que nem a água da chuva lava
Deleita-se na sua bravura que dê brado.
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário