De cortinas coloridas
Pelo sol e pelo mar
Vêem gaivotas passar
As janelas de Lisboa
Nelas brilha a cidade
Com um riso e alegria
Onde habita a fantasia
Desta gente que apregoa
Um grito em cada esquina
O pregão de uma varina
Mistura-se com o ardina
Como massa que faz o pão
Que mata a fome ao amolador
Inspira qualquer pintor
E nos amola sem dor
Com a força da tradição
Janelas são âncoras de navios
São os olhos do povo
O mostrar de um dia novo
Despertando sobre as colinas
Janelas são silhuetas de guitarras
Cafés bares do Rossio
Aconchego amenizando o frio
São versos diálogos pantomimas
Janelas são os olhos de poetas
Desde Pessoa a Camões
Que nos prendem os corações
Com a sua inspiração
Janelas são harpejos de arte
Desta arte tão pombalina
Que fez desta Lisboa menina
Nosso olhar de perdição.
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