Rua abaixo
Rua acima
Em marcha tão vagarosa
Mantém a mesma cadência
Bem ritmada e chorosa
Cada pedra da calçada
Estremece com o seu rodar
Sempre que é acordada
Vê o amarelo passar
Já lá vão muitos anos
E vê-se em cada janela
Passar um trole rotineiro
Chamando algum passageiro
Evitando-lhe a suadela
Ao subir tão íngreme outeiro
Suas casas tão velhinhas
São a sua companhia
Que o amparam ao passar
E o vêm cumprimentar
Durante anos. Todos os dias
São os elevadores de Lisboa
Que nos contam a sua história
E desta gente tão boa
Na Bica no Lavre e da Glória.
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