quarta-feira, 15 de setembro de 2010

NA DISCOTECA

Balanço entre as sete notas musicais
Que se confundem numa audível
Melodia.
Balanço ao som de baterias pianos e violas
Que se misturam num ritmo
Desarmonia.
Balanço o meu corpo junto a ti
Que mais parece um barco
 Num temporal
Balanço as minhas mãos que te tocam
Que mais parecem juncos
Num juncal.
A música embriaga-nos docemente
Como uma bebida espirituosa
Original.
A música sai dos teus lábios
Como um reflexo de cores
Celestial.
Música que és tu
Música que sou eu
Música que nós inventamos
Música que és tu e eu.
Enlaçados olhos nos olhos
Mergulhamos em silêncios
Absolutos.
Enlaçados e tão distantes
Mergulhamos em suspiros
Resolutos.
As luzes são a nossa escuridão
Que braços procuram encontrar
Rasgar.
As luzes dão-nos a nossa silhueta
Que os dedos tentam tocar
Subjugar.
Balanço agora sem ritmo definido
Como tomado por alucinógeno
Desconhecido.
Balanço agora sem ouvir a música
Como se não houvesse discoteca
Esquecido;
Que música és tu
Que música sou eu
Que música nós inventámos
Que música és tu e eu.


                                                                                                      ARIEH NATSAC



 


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