Aqui onde eu moro e às vezes ressono
Onde as horas passam ao abandono
Quer seja noite dia ou mesmo Verão
Passa o tempo em cavalgada, e os anos se vão
Tombando sobre as horas amargas do infortúnio
Que em golpes brutais meu coração se abriu
De colossais suspiros de graça e dor
Mas sempre apelando à verdura do meu fulgor
Ontem quando lento subia a minha rua
Vi como estava diferente a doce lua
E o seu luar era um bom companheiro
Que me abrigava como se fosse forasteiro
Mas em todo o céu se apagou a refulgência
Com o nascer do sol na sua opulência
Após uma noite de exausta e ruim canseira
Em que as pernas se curvavam de tanta asneira
Mas nesta rua eu moro e às vezes ressono
Só o manual da harmonia de um bom sono
Vem penetrar nesta alegria incrustada
De um suave esplendor de voz velada.
ARIEH NATSAC
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