terça-feira, 28 de setembro de 2010

A GAVETA SEM CHAVE

 A GAVETA

Fecho a minha vida
Numa gaveta
Secreta
Mas que toda a gente
E relê
Com partilhas
Em redondilhas
Com amor
E desamor
Com raiva
E até ciúme
Escrita aos quatro ventos
Sem queixume
Mas eu noto
Que o tempo passa
Com espada
Que trespassa
Uma agonia
Que não me deixa
E nem sequer minha queixa
A pode afastar
De vez
E não há duas
Sem três
Mas talvez…
Quem sabe!
Um dia tudo mude
Mas não me ilude
Quem me afronta
E me confronta
Com a verdade
Ah! Mas não se esqueçam
Que a realidade
Não se desmonta
Pois não se enganem
Nem se esganem
Porque em todos nós
Há uma gaveta
Com muitas histórias
Em linha recta.


                                                                               ARIEH  NATSAC

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