quarta-feira, 29 de setembro de 2010

NEM SEMPRE RAINHA NEM SEMPRE GALINHA

Houve um rei em Portugal
Que tinha pouca moral
E uma vida de boémio
Era mesmo depravado
Vaidoso e até emproado
E na infidelidade era um génio

Tinha um gosto por freiras
E eram muitas as carreiras
Que fazia até Odivelas
Madre Paula era a visada
E já estava habituada
Às suas escapadelas

Mas depois deste delírios
Para solvê-los com martírios
El-rei ia se confessar
A um padre franciscano
Que para reparar seu dano
Convidava-o a não pecar

Então el-rei bem seguro
Decretou que no futuro
Dizendo ao seu mordomo:
Frei Tomé por ordem minha
Somente comerá galinha
Enquanto eu estiver no trono

O frade passado algum tempo
Dando-se mal com o evento
Resolveu falar com el-rei
Este tocando-lhe no ombro
Disse-lhe com tal desassombro
Aqui sou eu que faço a lei

Ouvi seus conselhos com rigor
Vou segui-los com fervor
Não traio mais a rainha
Não cometo mais o pecado
E o senhor no meu reinado
Só pode comer galinha.


                                                                             ARIEH  NATSAC



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