quarta-feira, 18 de março de 2015

VESTINDO-SE DE MARESIA



VESTINDO-SE DE MARESIA


Minha orquídea meu instante
Minha sereia controversa
Meu riacho de água fresca
Que me dá volta à cabeça

Somos dois barcos à deriva
Num mar que atropela
Destino de barco à vela
Numa rota sem luar
Com ondas por rebentar
Deslizando como donzela

Vestindo-se de maresia
Bem cingida ao teu corpo
Convite para ser meu porto
Sem amarras nem correntes
Onde as muralhas são beijos
Perco-me nos teus desejos
De loucuras incandescentes

Nas tuas mãos brotam flores
Com pétalas de cor de vida
Que baloiçam com o vento
Agarrá-las é um tormento
Estou como barco à deriva

Sinto no peito o brilhar
Da tua constelação
É o conforto da emoção
Que brilha impertinente
Numa aurora efervescente
Que me acorda sem lassidão…




ARIEH  NATSAC

Sem comentários:

Enviar um comentário