VESTINDO-SE DE
MARESIA
Minha orquídea
meu instante
Minha sereia
controversa
Meu riacho de
água fresca
Que me dá volta à
cabeça
Somos dois barcos
à deriva
Num mar que
atropela
Destino de barco
à vela
Numa rota sem
luar
Com ondas por
rebentar
Deslizando como
donzela
Vestindo-se de
maresia
Bem cingida ao
teu corpo
Convite para ser
meu porto
Sem amarras nem
correntes
Onde as muralhas
são beijos
Perco-me nos teus
desejos
De loucuras
incandescentes
Nas tuas mãos
brotam flores
Com pétalas de
cor de vida
Que baloiçam com
o vento
Agarrá-las é um
tormento
Estou como barco
à deriva
Sinto no peito o
brilhar
Da tua
constelação
É o conforto da
emoção
Que brilha
impertinente
Numa aurora
efervescente
Que me acorda sem
lassidão…
ARIEH NATSAC
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