O POENTE JÁ CHEGOU…
Vegeto nas manhãs
sombrias
Abro os braços ao
gelo
Que me atordoa
Respiro pétalas
murchas
De um entardecer
Foram roseiras
bravas
Que secaram
Foram prazeres
que se esvaíram
Num canteiro de
terra queimada
Onde as minhas
mãos
Se enterraram
Como desfolhando
um livro
Hoje…amarelecido
pelo uso e desuso
De tantos dias
cansados
Que germinaram
Para lá do
imaginário
Das palavras que
colhi
Escrevi-as num
poema
Feito a pensar em
ti
Mas o poente já
chegou
Até a lua se
apagou
Deixando-me só…
…Sem palavras.
ARIEH NATSAC
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