ADIAR PARA OUTRO
DIA
Tenho medo de não
saber
Dizer aquilo que
devo
Por vezes eu nem
me atrevo
Não pensem que é
cobardia
Faço exame à
consciência
E sem lhe tirar o
retrato
Julgo que sou
ingrato
E deixo para
outro dia
Odeio as minhas
inconstâncias
Talvez sejam
ignorâncias
Porque eu não sei
tudo
Por isso fico
mudo
Sinto o meu peito
feroz
Explodindo de
maneira atroz
Mesmo que pareça
sisudo
E sem orelhas de
burro
Sinto-me uma
casca de noz.
ARIEH NATSAC
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