LIBERDADE SEM
POISO
Lei do novelo
Que desata a
corda do relógio
Dá horas na
barriga da solidão
Obstáculo de
cavalo com arções
Que desfilam em
paralelos
De caminhos
cruzados
Por palavras
metafóricas
Sem dicionário da
vida
Move-se a
metralha do silêncio
País de terceiro
mundo
Onde o general
pilha
Na febre que
estala
A pele dos
oprimidos
Feitos papagaios
de vento
Lançados na
fogueira
Que arde como
brinde
E dispara num
espetáculo
Sem luz nem cor
Sobe a ladeira um
camponês
Está falando com
o nada
Vai comendo em
sentido
No refugio da sua
incontinência
Com o dedo no
gatilho
Da esperança
tardia e arrojada
Acompanhada da
mãe miséria
Para cumprir o
horário sem tempo
Até fazer juras
de ferro velho.
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário