NO
SENTIDO DO COLAPSO
Envolto
na minha sombra
Marco
passos sem compasso
Mastigo
a doce penumbra
No
sentido do colapso
Irreverentes
as veias
Pululam
os meus pulmões
Em
quanto nos olhos teias
São
as curvas das visões
Festejos
dos desbaratos
As
misérias do sol posto
Num
ritmo tão ingrato
Dum
lume que queima torto
Quando
estendo loucos braços
Sem
nunca querer cair
Bebo
vento num só trago
Como
rosa sem abrir
Resta-me
um rosto molhado
P’la
chuva que não caiu
A
coberto de um pecado
Que
o tempo não consumiu
Nem
mesmo a minha história
Dum
falatório barato
Sílabas
sem ter memória
Que
voam ao desbarato
Vão
cair na armadilha
Labareda
que me aquece
Como
se fosse uma filha
Que
ao povoado não desce
Essa
dor que é maligna
Torna-se
dura ambulante
Dos
afetos é indigna
Como
do rio a vazante.
ARIEH NATSAC
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