AI SE UM DIA EU
ACORDASSE
Ai se um dia eu
acordasse
E vi-se um quadro
que arrepiasse
A minha pele de
madrugada
Com tintas
lascivas
Com muitas
objectivas focando
O calor das
minhas mãos rugosas
Batendo no peito
Pedindo perdão ao
silêncio
Que me acompanha
À solidão que me
abocanha
E desenha escura
primavera
Num madrigal
lascivo que se alonga
Coço a barba
branca
Reparto-me na
utopia arfante
Como se bebesse
taça de cicuta
Para adormecer
suavemente
E de repente
Acordar num novo
dia.
ARIEH NATSAC
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