ONTEM
FUI AQUILO QUE ALGUÉM QUIS
Quem
sou eu que desbravei madrugadas
Quando
o sangue fervilhava no meu peito
Livro
aberto de palavras marcadas
Padrões
das palavras que tinha feito
Quem
sou eu…fui até ao fim do mundo
Sem
saber o que lá ia encontrar
Presa
fácil apanhada e ferida
No
orgulho que tive de deixar
Ontem
só fui aquilo que alguém quis
Mas
guardei a raiva à condição
Para
poder escrever em liberdade
Rancores
que guardei no coração
Ouvia
os martelar no meu tédio
Negando-me
tudo que era direito
Escrevia
em folhas de ansiedade
Sozinho
nas agruras do meu peito
Tudo
negava colhendo com medo
Doido
por ter de pensar na vil morte
No
negro escuro bem ali de fronte
Achava-se
um homem triste mas forte.
ARIEH NATSAC
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