quarta-feira, 21 de maio de 2014

SEI BEM O QUE ESCREVO




SEI BEM O QUE ESCREVO


Não sei o que escrevo?
Sei muito bem, só eu entendo
Embora fale a mesma língua dos que me lêem
Não sou catedrático, dizem que sou poeta
Sou apenas aquilo que sou
Sei também por onde vou
Pela estrada que tracei
À minha custa com muitos sobressaltos
Apenas sinto falta do que fiz
Podia ter sido mais feliz
Paciência…
Cada um tem o que merece
Na poesia extravaso a minha dor
A minha alegria, imaginação
De tudo o que ficou além do limite
Que não soube alcançar
Nunca me perdi no caminho
E muitas vezes sozinho
Cai, levantei-me
Tal como Jesus Cristo
Também tive Madalenas, Marias, Rosas
Foram palavras nas minhas prosas
Foram versos dos meus sonetos
Os meus desejos, os meus devaneios
De uma vida atribulada
Que consegui conjugar
Conforme o tempo, mesmo fora de tempo
É assim aquilo que escrevo
Cheio de mistério, dirão uns
Outros rirão…não entenderam
Mas entendo eu!
Cada poema para mim é como um filho
Que educo à minha maneira
O que importa é que eles se dêem bem comigo
E que naveguemos em águas límpidas
Suaves neste pedaço de terra
Situado a ocidente da Europa.


ARIEH NATSAC

1 comentário:

  1. A poesia normalmente é um grito de alma e um extravasar a dor ou alegria. pode ser mistério que nem todos sabem decifrar,mas o importante é que o poeta sabe e muito bem...... Adorei este belíssimo poema, Parabéns ! beijinho

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