domingo, 11 de maio de 2014

ESTÁTUA

ESTÁTUA

De pedra estás vestida
Numa transparência sem limites
Olhos melancólicos
Busto erguido
Numa pose que arrepia
Pela manhã triste e fria
És postal ilustrado de tanta cidade
Tua boca não se abre
Mas tu dizes tanta coisa
Contas tua história sem palavras
Foste a rota de tantos caminhos
Dizes adeus a tantas crianças
Que te olham embevecidas
Sem saberem porquê
Estátua tu és o olhar doce da manhã
És o ósculo ardente de boa noite
Mesmo passando a noite ao relento
És a pedra que o homem acariciou
O sentimento que fluiu
Quando em seus braços te tomou
Mas só o tempo te possuiu
Só ele será teu amante
Com ele tu envelheces
Para contares ao mundo a tua história
Que será sempre imortalizada.


ARIEH  NATSAC


 


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