ESTÁTUA
De pedra estás
vestida
Numa
transparência sem limites
Olhos
melancólicos
Busto erguido
Numa pose que
arrepia
Pela manhã triste
e fria
És postal
ilustrado de tanta cidade
Tua boca não se
abre
Mas tu dizes
tanta coisa
Contas tua
história sem palavras
Foste a rota de
tantos caminhos
Dizes adeus a
tantas crianças
Que te olham
embevecidas
Sem saberem
porquê
Estátua tu és o
olhar doce da manhã
És o ósculo
ardente de boa noite
Mesmo passando a
noite ao relento
És a pedra que o
homem acariciou
O sentimento que
fluiu
Quando em seus
braços te tomou
Mas só o tempo te
possuiu
Só ele será teu
amante
Com ele tu
envelheces
Para contares ao
mundo a tua história
Que será sempre
imortalizada.
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário