DÁ-ME SOMBRA
Naquela estrada
deserta
Onde o calor
abrasava
Nem água lá
chegava
Para tanta boca
aberta
Era um terreno
inóspito
Nem arvores na
soalheira
Para amainar a
canseira
De tanto corpo
aflito
Certo dia
apareceu
Uma semente
germinou
E depressa engrossou
Com a vontade de
Deus
Passaram-se
muitos anos
Uma arvore
frondosa
Mesmo ao longe
era vistosa
Veio sarar muitos
danos
E a gente que ali
passa
Agora ri até
zomba
Por desfrutar sua
sombra
Que a todos agora
abraça
Dá a sombra
pretendida
A quem passa e labuta
E depois de tanta
luta
Tem prémio de uma
amiga
Seus ramos são
como braços
Que a todos sabe
acolher
E venha lá quem
vier
Recebe-o com
abraços
Mas há tanto
malfeitor
Sem ter dó nem
caridade
Esquecendo sua
bondade
Roubam-nos o seu
amor.
ARIEH NATSAC
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