quinta-feira, 15 de maio de 2014

DÁ-ME SOMBRA

DÁ-ME SOMBRA

Naquela estrada deserta
Onde o calor abrasava
Nem água lá chegava
Para tanta boca aberta

Era um terreno inóspito
Nem arvores na soalheira
Para amainar a canseira
De tanto corpo aflito

Certo dia apareceu
Uma semente germinou
E depressa engrossou
Com a vontade de Deus

Passaram-se muitos anos
Uma arvore frondosa
Mesmo ao longe era vistosa
Veio sarar muitos danos

E a gente que ali passa
Agora ri até zomba
Por desfrutar sua sombra
Que a todos agora abraça

Dá a sombra pretendida
A quem passa e labuta
E depois de tanta luta
Tem prémio de uma amiga

Seus ramos são como braços
Que a todos sabe acolher
E venha lá quem vier
Recebe-o com abraços

Mas há tanto malfeitor
Sem ter dó nem caridade
Esquecendo sua bondade
Roubam-nos o seu amor.


ARIEH  NATSAC

 


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