sexta-feira, 9 de maio de 2014

SILÊNCIO DE POETA



SILÊNCIO DE POETA

Sentado em qualquer lado
O poeta pensa em tudo
Bate com a caneta
No tampo da mesa
Como pancadas de Moliere
As palavras fluem
As palavras misturam-se
Num bailado cheio de cor e magia
Abrem-se as flores
Navegam barcos de papel
Num oceano de emoções
O sol é maior
Na imensidão dos seus versos
São cânticos negros
São voos noturnos
É o peito que se abre
É o murmúrio no céu da boca
São prazeres descontrolados
São despertares adocicados
Tudo o poeta escreve
Tudo o poeta inventa
Tudo o poeta rasga e abraça
Até no pico do mundo
Ele encontra-se com Deus
Até fala com o Diabo
Inspira-se em ambos
No êxtase da sua emoção
Num silêncio de poeta.


ARIEH  NATSAC

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