quinta-feira, 5 de abril de 2012

INVERNO

O INVERNO


Aguas iradas
Fúria do tempo
Quem as segura
Na vastidão
Da planície
Que se estende
Nos nossos olhos
Já tão cansados
E desesperados
Pelo cinzento
Que vem dos céus
Tristes lamentos
Em melopeia
Aguda Cirene
Que nos ateia
A sofreguidão
De uma inconstância
E aquela ânsia
Que nos tortura
Pela força da natura
Que tudo leva
A beleza
A miséria
A riqueza
E tanta pilhéria
Que fica
Na vastidão
Por dizer
Mas haja força
Haja genica
Que o verde manto
Há-de chegar
Com um ar risonho
E o pesadelo
Há-de ser sonho…
…Tudo flutua
No mar da esperança
E o sol é riso
De uma criança.

ARIEH  NATSAC 

                                                                                   

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