quinta-feira, 5 de abril de 2012

CHAMO-TE MINHA


CHAMO-TE MINHA…



Chamo-te minha
E o teu sorriso
Resplandece
Como o luar
Em noite de lua cheia
Teu corpo de sereia
Se enrosca
E transborda
De um desejo
Que eu almejo
Deusa das minhas escritas
De palavras
Que não foram ditas
E se espraiam
Nos meus pensamentos
Árvores de heróis
Que fazem
Os meus sóis
Serem diferentes
Piso a terra
E vou ao fundo
E sinto que o mundo
És tu…
Eu sou apenas
A tua estrela incandescente
Nesse imaginário
Hemisfério
Tão cheio de mistério
Um novelo
Que volta e meia
É a teia
Dos meus sonhos
Orvalhados
Pelo sol da manhã
Onde o ocaso
Foi permitido
E nunca será esquecido
Com o chá de volúpia sã
Que adocei
Com o mel que foste tu
Orgia do meu afecto
Templo sem ter projecto
Casulo
Sem metamorfose
Metáfora que antes não fosse
Mas no meu peito
Te aninhas
E acariciando-te
Chamo-te minha.



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