Num mar que já naveguei
Com o meu pranto salguei
As ondas de cor azul
Fui navegando sem norte
Lamentando a minha sorte
Indo de norte para sul
Em cada onda alterosa
Rebelde e até raivosa
Vi imagens sem ter fim
Caiu-me uma gota no rosto
E para aliviar meu desgosto
Julguei estares junto a mim
Abri os braços para o mar
Para ele não me roubar
Aquilo que eu mais queria
Então uma onda abracei
E com ela mergulhei
Louco de tanta alegria
Quando o sol me veio despertar
Senti que estava asonhar
E acordei despeitado
Não vi a tua imagem
Apenas vi a miragem
Sobre este mar revoltado.
ARIEH NATSAC
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