terça-feira, 12 de maio de 2015

TEMPO VÁDIO



TEMPO VÁDIO…


Olha que o tempo passa tão depressa
Caminhando persegue a solidão
Sem tempo a levantar livre cabeça
E trabalha de mais o coração
Braços estão cansados, recomeça
Logo a pedir sentido seu perdão
P’lo passado não tem sequer ouvido
Torna-se p’ra seu mal triste e temido


Tudo geme, tamanhas maldições
Fruto da inconstância sem virtude
Esgar no rosto são as convulsões
De quem nunca sentiu dura atitude
Logo surgem rebeldes depressões
O pensamento já sem amplitude
Vai-se com a razão mesmo em privado
Qual guerreiro sem dor mas destroçado.




ARIEH  NATSAC

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