segunda-feira, 20 de abril de 2015

TEMPO PESTE



TEMPO PESTE…

Sinto pesadelos a toda a hora
Eu não sei porque a velhice me os traz
Afastá-los quero e tento agora
Conseguir ao menos viver em paz


Corre o tempo sem estar à espera
Que lhe abra a porta quando aqui passar
Porque ele depressa como a esfera
Rebola sem ter dias p’ra parar


A consciência onde estará?
Essa aliada do tempo que é peste
De um negro azedume me pintará
O meu caminho árduo e agreste


Meus olhos se dilatam sem chorar
Porque a limalha do tempo os secou
Nuvens tampam me os sem poder matar
Cruel destino que em mim aportou.



ARIEH  NATSAC



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