quinta-feira, 23 de abril de 2015

MAL DIZ DA MALDIÇÃO



MAL DIZ DA MALDIÇÃO


Segue o rasto de um louco amotinado
Caminhando ao relento sem ter beira
Dorme ao relento de estrelas enfeitado
Casaco sem botões nem algibeira


Faz lume em beata sem ter pavio
Curto que a espera ao tempo já passou
Fez-se ao largo, zarpou, não teve frio
Lançou âncora em calçada e ficou


Cansado já mal diz da maldição
Cruel…já esperava entre as tábuas
Gastas por um corpo em contradição
Que chora, ri soletrando mágoas


Já se curva perante negro véu
Que pesa à noite como uma montanha
Do alto define-o e põe ao léu
Um simples mortal que ao luar se banha.



ARIEH  NATSAC

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