terça-feira, 7 de abril de 2015

NO CERNE DA QUESTÃO







NO CERNE DA QUESTÃO


Faço projetos na minha cabeça
Corro as ruas da desgraça
A minha sombra me atropela
E o meu sangue fareja
A inconstância de uma vida sofrida
Heróica é a minha ação
No meio das circunstâncias
Que me acompanham na humilde viagem
Vadiagem de promessas em olhos cansados
Estamos quites
Por não sabermos para que lado ir
Distraio-me a ver navios
Esbarro no lodo de um cais
De anões e gigantes
Prostitutas e amantes
Restos de memórias do passado
Fado corrido de um carrossel
Mandado pelas quezílias da vida
Problemas para uma mente enganada
Que belisca o cerne
De um lobo solitário
Que navega na liberdade
Onde a noite se fez dia
Vagabunda de vozes e nozes
Que se partiram
Num espírito condenado
Sem vergonha…mas apenas destroçado.



ARIEH  NATSAC



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