quinta-feira, 2 de abril de 2015

SEREI DO MUNDO APEADO



SEREI DO MUNDO APEADO


Sinto que a vida é tão cruel
Que por vezes sabe-me a fel
Mesmo sem estar de partida
Caminho sem saber para onde
Sem ter quem me sonde
Se estou bem ou se estou mal
Tudo é amargo como o sal
E a tenção se acelera
Já se foi a primavera
Chegou então o Outono
Folhas caídas
São calvários das vidas
Passadas para a outra margem
O fim de outras linhagens
Que não foram utopias
Mas que deixaram rasto
De passos que ficaram marcados
Prontos para serem repasto
Do tempo ao abandono
E quando chegar o sono
Serei do mundo apeado.




ARIEH  NATSAC

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