sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

ONDE VIVO



ONDE VIVO…


Vivo no bairro da saudade
Vivo em rua da agonia
Tenho um luar sem idade
Onde o olhar se extasia
Tenho o perfume e beleza
Na miragem do meu rosto
Tenho céu e natureza
Bengala onde me encosto
Na lista de convidados
Nada tem importância
Como na mesa de dados
Habita sempre a ganância
Não passo da cepa torta
Tudo vai como magia
A razão já anda morta
É jardim sem teoria
Vivo no mundo sedento
Vivo com leme incerto
De educação me alimento
Num livro entreaberto
Vivo em sorriso amarelo
Vivo sem grande alarido
No meu peito hei-de tê-lo
Num momento ressurgido
Na filosofia da vida
Num calculo consumado
Analiso a letargia
E vejo um mundo quadrado.



ARIEH  NATSAC

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