quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

VEJO-ME SOZINHO



VEJO-ME SOZINHO

Vejo-me sozinho e pensativo
Só as sombras me vêm à memória
Apenas o frio inverno me faz companhia
Sinto toda esta agonia
Que faz parte da minha história
Que me tolda os pensamentos
Foram momentos passados que houveram
Em que a alegria foi constante
Agora fico bem distante.
Apenas o presépio que montei
Me faz lembrar o Natal
Mas esse está quedo e mudo
Como se isso fosse normal
Não é suficiente para me alegrar
Noutros lares bem perto há alegria
Há famílias a confraternizar
Só eu não tenho ninguém
Culpa a minha?
Ou foi a sina que me estava traçada
Talvez eu seja um rei mago
Que se perdeu no caminho
Por isso caminho sozinho
Olhando a estrela mãe
Pendurada numa foto de família
Juntamente com o pai, que era um santo
O menino Jesus que já fui
Tornou-se a ovelha tresmalhada
Deste imenso rebanho
Agora apenas tenho aquilo que não tenho
Olhando para todo o lado
Sinto que todo este desespero
É a cruz do meu pecado.




ARIEH  NATSAC

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