sábado, 12 de dezembro de 2015

VAIDADE



Vaidade, meu amor, tudo vaidade!
Ouve: quando eu, um dia, for alguém,
Tuas amigas ter-te-ão amizade,
(Se isso é amizade) mais do que, hoje, têm.

ANTÓNIO NOBRE



VAIDADE

Vaidade, meu amor, tudo vaidade!
Vaidade para mim é um desnorte
Assim meu pensamento até à morte
Digo com a maior sinceridade

Ouve: quando eu, um dia, for alguém
Mais do que agora já me considero
Não desejo ser mais do que espero
Para estar bem contigo sem desdém

Tuas amigas ter-te-ão amizade
Por vaidade ou também leviandade
Porque o resto do nada não importa

– Se isso é amizade – mais do que hoje tem
Muita falta de chá na casa mãe
Porque assim sendo, amor, é coisa morta.


ARIEH  NATSAC


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