PEDRAS SOBRE
PEDRA
Naquela várzea de
pousio
Antes fora menina
de olhos
Jorram ervas que
arrepio
Dando frutos,
tantos escolhos
Pastoreio de gado
de outrora
Sustento de casa
sem fartura
De quem via a
bela aurora
Ávida de tanta
formosura
Hoje é só tristeza
e ingratidão
Abrem-se braços, desalinho
Fogem dele por
não terem pão
Em busca de novo
caminho
Ouvem-se dores
dos mais velhos
Olhando o mato em
vez de pão
São para eles
malditos espelhos
Atraiçoam na
idade da razão
Pedras sobre
pedra são ruínas
Futuro carregado
de negrume
Levadas lágrimas
vão meninas
De olhos frios
sem terem lume.
ARIEH NATSAC
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