sexta-feira, 21 de junho de 2013

PEDRA SOBRE PEDRA



PEDRAS SOBRE PEDRA



Naquela várzea de pousio
Antes fora menina de olhos
Jorram ervas que arrepio
Dando frutos, tantos escolhos


Pastoreio de gado de outrora
Sustento de casa sem fartura
De quem via a bela aurora
Ávida de tanta formosura


Hoje é só tristeza e ingratidão
Abrem-se braços, desalinho
Fogem dele por não terem pão
Em busca de novo caminho


Ouvem-se dores dos mais velhos
Olhando o mato em vez de pão
São para eles malditos espelhos
Atraiçoam na idade da razão


Pedras sobre pedra são ruínas
Futuro carregado de negrume
Levadas lágrimas vão meninas
De olhos frios sem terem lume.



ARIEH  NATSAC

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