LISBOA À NOITE…
De vielas
estreitinhas
Passam por lá
ligeirinhas
Nas pedras duma
calçada
Gente alegre mas
modesta
Fazendo da vida
uma festa
Mal começa a
madrugada
Tem nos bairros
sua cor
Lisboa conhece-a
de cor
Pintada p’la luz
do sol
Quando baixa a noitinha
E se acende a
estrelinha
Que lhe serve de
farol
Vai aos fados em
Alfama
Enlouquece a
moirama
P’rós lados da
Mouraria
Com voz avinhada
e quente
Diz aqui estou...presente
Fazendo da noite
dia
E numa louca
corrida
Dá mais força à
sua vida
Numa praça sem
temor
Corre p’rós
cornos da morte
Procura uma boa
sorte
Abraçada com amor
Depois tudo se acabou
E o povo se
entregou
Ao silêncio…horas
mortas
Até o luar se
entristece
E vagabundo
aparece
A quem vê fora de
portas
ARIEH NATSAC
Sem comentários:
Enviar um comentário