terça-feira, 17 de julho de 2012

LISBOA À NOITE


 
LISBOA À NOITE…



De vielas estreitinhas
Passam por lá ligeirinhas
Nas pedras duma calçada
Gente alegre mas modesta
Fazendo da vida uma festa
Mal começa a madrugada


Tem nos bairros sua cor
Lisboa conhece-a de cor
Pintada p’la luz do sol
Quando baixa a noitinha
E se acende a estrelinha
Que lhe serve de farol


Vai aos fados em Alfama
Enlouquece a moirama
P’rós lados da Mouraria
Com voz avinhada e quente
Diz aqui estou...presente
Fazendo da noite dia


E numa louca corrida
Dá mais força à sua vida
Numa praça sem temor
Corre p’rós cornos da morte
Procura uma boa sorte
Abraçada com amor


Depois tudo se acabou
E o povo se entregou
Ao silêncio…horas mortas
Até o luar se entristece
E vagabundo aparece
A quem vê fora de portas


ARIEH  NATSAC

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