domingo, 30 de novembro de 2014

NO RETALHO DA SAUDADE



NO RETALHO DA SAUDADE


No retalho da saudade
As lágrimas que bebeste
Fruto da leviandade
Ou contraste da idade
Do mundo por onde andaste


Olhos de menino triste
Que em adulto se formou
Tempestade que subsiste
Que na vida repartiste
E num pedaço ficou


São olhos que não abriste
Um cravo que se acabou
Ao tempo ainda resiste
No lugar que conseguiste
Bandeira que desfraldou



Foi um mundo noutro mundo
Onde o destino aguenta
Mas pode ir num segundo
Perder-se lá bem no fundo
Onde a raiva se fermenta





ARIEH  NATSAC




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